quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Contradição

Contudo, a mesma Câmara que tem funcionários a matar animais a domicílio, disponibilizou uma máquina escavadora e dois camiões para que a Associação Simabô possa dar início ao trabalho de remoção de entulhos do local onde irá funcionar a sua nova sede.

Cumprimentos às Forças Armadas que vão ajudar com a mão-de-obra para os trabalhos.



Com a nova sede, a Simabô poderá certamente fazer ainda muito mais pelos animais abandonados de S. Vicente.

Câmara de S. Vicente mata cães a domicílio

Pknuk, Fanok e Castanha, cães de um cidadão mindelense, foram mortos dentro de casa esta semana, aparentemente por um funcionário da Câmara Municipal, que terá jogado estricnina dentro do pátio da casa.

Não eram cães vadios, tinham dono e estavam num pátio, por trás de uma porta trancada. O veneno foi introduzido por um buraco na parte inferior da porta.

Segundo a Associação Simabô, que protege os animais e faz campanhas de desparasitação e esterilizações, o dono da casa ouviu o barulho de um carro parando diante da casa e os latidos dos cães, mas estava dormindo e não deu muita importância. Contudo, pouco tempo depois levantou e foi ver o que se passava, e encontrou os animais já mortos (consta que o veneno utilizado habitualmente pela Câmara Municipal nas suas matanças é muito potente e mata em poucos minutos, ao contrário de outros produtos encontrados no mercado).

O dono dos animais chegou a ver o carro da Câmara Municipal a afastar-se, segundo Sílvia Punzo, presidente da Associação Simabô.

A Simabô começara a sensibilizar o dono dos animais há alguns meses, porque dois dos seus cinco cães estavam muito sarnentos. Ele é um rapaz pobre que havia decidido manter (e bem), cinco cães de tamanho médio. Os animais começaram a ser medicados e melhoraram muito, o que convenceu o dono da eficácia dos cuidados. Mais tarde, ele permitiu que fossem esterilizados, o que aconteceu em Julho último, por um veterinário italiano que esteve em S. Vicente como voluntário, a trabalhar na Simabô.

A barbárie paira em S. Vicente por estes dias, em que se destrói monumentos históricos e também o trabalho dedicado de quem procura ajudar a cidade a ser mais ecológica, higiénica e humana
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