domingo, 31 de julho de 2011

Com dono ou sem dono?

Considerando que traz uma corda ao pescoço e portanto pode ter estado preso, quem o terá deixado ficar assim?

Palmarejo, 2011.

sábado, 30 de julho de 2011

Bichos com dono - VI



Cinco ou seis cães acompanham para qualquer lugar que vá esta moradora da Cidade Velha, que informa que apenas dois do grupo são dela. Quando comentei que eles estão sempre perto porque sabem que ela gosta de animais, responde (como se não desse na mesma): "Não, é só por causa da comida que lhes dou".

terça-feira, 26 de julho de 2011

Bicho com dono - V

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Bicho com dono - IV

domingo, 24 de julho de 2011

Bicho sem dono - IV













Palmarejo, 2011.

sábado, 23 de julho de 2011

Bicho sem dono - III



Palmarejo, 2011.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Bichos com dono - III
















Amarelão e Pingui, 2005.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bichos com dono - II


Nem parece. Olhando assim, dá para pensar num bando errante pelo deserto. Mas fazem parte de um rebanho que atravessa o Palmarejo todos os dias, levado pelo pastor. De contentor de lixo em contentor de lixo, aqui e acolá um vestígio de verde, dirigem-se à Cidadela pelas manhãs, regressam no sentindo inverso ao cair do sol.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Bicho sem dono - II
















Palmarejo, Praia, 2011.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Animais na história de Cabo Verde - VII

Para este exemplo não tenho foto, mas quem for visitar a exposição que está no Arquivo Histórico Nacional sobre a cidade da Praia ao longo dos tempos, poderá encontrar, entre outras alusões aos animais (como não poder criar porcos na zona urbana, no século XIX, ou o trânsito de cavalos pela mesma área... ), poderá ver um cartão postal a cores, em que aparece uma enorme tartaruga, com a legenda: "Cidade da Praia de Santiago".

Quer dizer que a Praia já foi local em que elas paravam. Pois é, apesar de tudo, elas ainda estão por aí. Vale a pena ir ao AHN para ver o postal da tartaruga, e não só.

Por falar nisso, cumprimentos às pessoas que, no Fogo, voluntariamente, estão a cuidar de uma tartaruga encontrada gravemente ferida por linha de pesca.

O veterinário Ermano Pina, que está a tratar do animal com antibióticos e outros medicamentos, disse no telejornal que está a fazer todo o possível para que o membro ferido não tenha de ser amputado. Sucessos à paciente e ao Dr.

sábado, 16 de julho de 2011

A luta da SIMABÔ

Reproduzo aqui o texto que a associação SIMABÔ, que trabalha com animais de rua no Mindelo, publicou no "A Semana" para esclarecer qual a sua missão. Para quem ainda não a conhece direito, nesse texto fica tudo claro.

Parabéns SIMABÔ, S. Vicente precisa e agradece.



Por aqueles com quem ninguém se importa

A SI MA BÔ - Associação para a Protecção dos Animais e do Ambiente “tem um propósito muito nobre: o de abrigar, alimentar e cuidar de animais de rua abandonados e que claramente sofrem e dão um mau aspecto às ruas do Mindelo, para além de todos os problemas de saúde pública que isso acarreta”.

A frase acima, extraída do artigo da Dra. Nídia Araújo sobre o respeito pela profissão de veterinário em S. Vicente, publicado recentemente em “A Semana”, reconhece bem o papel que vimos desempenhando.

Gostaríamos de lembrar que o nosso trabalho é, em grande parte, a sensibilização da população para cuidar dos animais, para que se importem com eles, não os abandonem nas ruas, se tiver um mantenha-o em casa. Através de actividades promovidas para o público infantil; através do incentivo à adopção e à posse responsável de um animal; de visitas aos núcleos urbanos da ilha de S. Vicente, levando a nossa mensagem e os nossos cuidados, estamos a trabalhar, no fundo, para a saúde e bem-estar dos seres humanos. É um longo caminho, cansativo e cheio de problemas a muitos níveis, mas toda viagem começa com um passo… E a resposta da população, das empresas e das instituições dá-nos força para continuar com muita fé e coragem.

Desde 2008 já realizamos gratuitamente mais de 600 operações de castração, de machos e fêmeas; conseguimos reduzir significativamente o número de animais doentes pelas ruas; procedemos regularmente à desparasitação gratuita e damos atendimento a animais acidentados que aparecem na nossa sede seja dia ou noite, fim-de-semana ou feriado.

A actuação da SI MA BÔ é supervisionada tecnicamente por uma clínica veterinária de Turim, Itália, que controla de forma rigorosa a aplicação dos protocolos de tratamento, os quais são baseados em análises laboratoriais de amostras recolhidas nos animais e levadas para a Itália para analisar, porque localmente não há condições para diagnóstico nesse nível. Temos um veterinário local responsável, Dr. Ermano Fontes Fermino de Pina, que foi o único que – depois de algumas tentativas, remuneradas, com outros profissionais – manteve-se disponível para trabalhar connosco e é muito bem considerado por muitos criadores de animais de São Vicente.

A nossa actuação tem sido reconhecida por faculdades de veterinária na Itália (Universidade de Turim e Universidade de Camerino) com quem temos parcerias; estamos em contacto com entidades oficiais ligadas à questão das zoonoses no Brasil; e várias importantes entidades cabo-verdianas reconhecem o nosso trabalho, com patrocínios e apoios. No momento, temos um importante projecto aprovado pela União Europeia que, a ser implementado, poderá resolver definitivamente o problema dos animais de rua de S. Vicente, criando um modelo exportável a todas as ilhas de Cabo Verde.

A razão porque fazemos desparasitação gratuita é criar ocasiões para explicar às pessoas que é importante castrar os animais (único método reconhecido pela OMS para reduzir as populações de cães e gatos), para tê-los saudáveis e diminuir o número de animais abandonados e doentes na ilha – objectivo principal da associação – e para acabar enfim com as matanças com veneno praticadas pelas Câmaras Municipais, que muitas vezes significam um fim doloroso e bárbaro também para animais com dono.

Outra razão porque oferecemos tratamentos gratuitos é para que os donos sejam estimulados a tratar seus animais de companhia correctamente. De momento, por razões económicas e falta de conhecimento, muitas pessoas tratam-nos em casa, com remédios e procedimentos perigosos ou ineficazes – é o caso de dar antibiótico durante um ou dois dias, analgésicos para uso humano e até óleo queimado para tratar a sarna, situações que podem matar um animal.

O pessoal que administra os medicamentos – comprados em Cabo Verde ou importados com as devidas autorizações – é muito bem formado na pequena área de actividade que desempenha: a desparasitação (algo que qualquer dono de animal devia fazer regularmente em casa), o tratamento das doenças parasitárias e os cuidados de animais acidentados até chegar um veterinário. Com grande amor pelos animais, fazem o máximo para oferecer um serviço de qualidade e orgulham-se da boa vontade e capacidade de aprender rápido e correctamente os protocolos. A eficácia dos protocolos e da sua aplicação é provada pelo sucesso obtido com centenas de animais nestes três anos de funcionamento da Associação.

Assim, diante da nossa enorme carga de trabalho, é de facto desejável que aqueles proprietários de animais que possam pagar os serviços de uma clínica veterinária e não querem castrar os seus animais ou até costumam lucrar com as crias, procurem esses serviços, deixando-nos mais tempo e energia, que bem precisamos, para aqueles pobres animais com quem ninguém se importa ou cujos donos são carenciados, animais que recebemos com amor e cuidamos com a máxima dedicação. Porque o nosso projecto – é bom frisar para que não haja dúvidas – é solidário, não comercial.


Silvia Punzo,
fundadora e presidente da SI MA BÔ - Associação para a Protecção dos Animais e do Ambiente

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Um lugar onde não se ama os animais

Ponto negativo para a Câmara Municipal de Santa Catarina, que segundo uma notícia no jornal "A Nação" matou recentemente com veneno cerca de 200 cães. Coisa que - já se sabe - não vai adiantar nada, pois eles se reproduzirão rapidamente.

Sugestão à autarquia: convidar a Associação Bons Amigos para ir dar um apoio, organizando uma campanha de castração como aconteceu recentemente na Achada Santo António, na Praia. Claro que é preciso que a Câmara crie condições para a concretização desta acção.

Um lugar onde se ama os animais



























O hotel Limeira na Cidade Velha é um exemplo de amor e respeito pela natureza. Além do ajardinamento muito bem concebido e que deixa o lugar lindo, há também plantas que dão frutos, como abacateiros, pés de ananás, entre outros.

Por ali, sob as árvores e arbustos, meia dúzia de gatos de cores várias brincam, brigam e se divertem.

No restaurante, um cachorrinho muito simpático acompanha os clientes até a porta.

Ponto positivo para o hotel Limeira, onde se pode tomar um copo e comer petiscos à beira da piscina em meio a muito sossego.

domingo, 10 de julho de 2011

Animais na história de Cabo Verde - VI


Pé de Verde, S. Vicente.

Cena doméstica, com suas aves e um infalível cão.

sábado, 9 de julho de 2011

Animais na história de Cabo Verde - V

Carro de boi, na Praia.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Bicho sem dono - I

Por incrível que pareça.

Lindo como ele é, vive na rua, ganhando debaixo das mesas do Café Sofia às vezes um pedaço de rissol, outras vezes um pontapé.

Contribuição da Inês Amarante, que também torce pelos bichos de Cabo Verde.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bichos com dono - I

Na baía do Porto Grande, Mindelo. Os cães se divertem a nadar, durante um passeio.

sábado, 2 de julho de 2011

Animais na história de Cabo Verde - IV


Nova Sintra.

O homem e o asno, inseparáveis ao longo dos tempos.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Fica uma dúvida no ar...



A quem cabe em Cabo Verde a tutela dos chamados animais de companhia (gatos, cachorros)?

O Ministério da Agricultura (hoje do Desenvolvimento Rural) em princípio é responsável por todos os animais. Contudo, dadas as especificidades dos animais de pequeno porte, que vivem ao lado do homem em particular no contexto urbano, será com o Ministério da Saúde que ficará essa área?

Como antes ninguém ligava para o assunto, também ninguém cuidava deles, mas agora é preciso definir. As associações querem e necessitam ter interlocutores e parceiros no âmbito oficial.












Ministros que gostam de bichos

Por sua vez, a ministra da Saúde, Cristina Fontes, que participou no workshop na CMP, garantiu aos que militam pela protecção e saúde dos animais como factor de melhor saúde humana que o seu ministério será sim um parceiro nessa luta.

Lembrou que durante muito tempo ninguém ligou a essa realidade, mas que agora que surgem associações que mexem com as consciências, isso é um primeiro passo e as coisas vão mudar. Os governos não podem fazer tudo sozinhos, referiu, razão pela qual, nas suas palavras, o trabalho das associações é muito importante.

As associações e os bichos de Cabo Verde em geral agradecem!

Último a intervir, o ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa, cantarolou um tema seu que fala dos cachorros da praia do Tarrafal, onde vivem num paraíso, já que comida nunca lhes falta, em particular algum resto do peixe que vem nos botes (é verdade, há aqui no blog fotos de cães do Tarrafal, têm bom aspecto).

O ministro recordou as vantagens do cão crioulo vira-lata sobre os de raça, pois os primeiros são muito mais inteligentes (atravessam a rua na hora certa, sabem esperar sem se arriscar) e resistentes a doenças, bem adaptados ao clima e à alimentação. O problema é que, "moda gente criolo, ta pari tcheu!", daí a necessidade de pôr limites à reprodução.

Bichos de Cabo Verde agradecem aos ministros, à CMP, à Bons Amigos e a todos os seus amigos!


Enquanto isso, na CMP...


Enquanto no liceu Pedro Gomes decorria o último dia de campanha de castração/ desparasitação, na manhã de sexta-feira a Câmara Municipal da Praia recebia um grupo de pessoas amigas dos animais para debater o problema do abandono e apontar soluções.

Ponto positivo para o presidente Ulisses Correia e Silva, que criticou os que são donos de cães mas deixam-nos a viver na rua. Finalmente alguém diz com todas as letras que isso não é ser dono. Quem quer bicho tem de tê-lo dentro de casa, evitando que adoeça, que se reproduza à toa, que faça barulho e mexa no lixo, disse o presidente. Enfim, amando-o, digo eu.

A representante da Associação Bons Amigos, Débora Carvalho, recordou que se as campanhas de envenenamento de cães fossem eficientes, há muito que praticamente não haveria cães pelas ruas. O problema, frisou, é que eles se reproduzem rapidamente, e num ano uma população com vida sexual activa pode triplicar.

Estima-se que a Praia tenha cerca de 20 mil cães e 10 mil gatos, foi revelado durante o workshop promovido pela Bons Amigos, CMP e universidade Única.

O representante da Bons Amigos na Áustria, Herwig Zach, apresentou o projecto de trabalho da associação na Praia, salientando que o objectivo é ter "uma população canina menor mas com mais saúde". Para ajudar a atingir essa meta, a embaixada do Luxemburgo acaba de oferecer à associação equipamento para cirurgias (mesa e iluminação).

Na sua intervenção, o veterinário e professor universitário Edwin Pile falou dos paradigmas que norteiam a saúde pública e a inserção da medicina veterinária nesse contexto.

O paradigma curativista, referiu, hoje ultrapassado, só leva em conta o tratamento quando há doença. "Isso é bom para ganhar dinheiro mas não para a saúde pública".

O paradigma higienista é aquele que diz: "Está doente? Vamos matar!".

Hoje em dia, o paradigma é outro (ou deve ser!), devemos ter uma visão social da saúde, uma visão holística, em que a prevenção é a palavra-chave. A universidade tem um papel nesse contexto, defendeu o Prof. Pile, que é docente na Uni-CV e na Única.


A Praia agradece!


Segundo o Expresso das Ilhas, foram cerca de 300 castrações, mais de mil animais desparasitados e 600 consultas durante esta semana. A campanha da Associação Bons Amigos na Achada Santo António termina hoje à tarde.

A adesão da população excedeu as expectativas, e a organização quer realizar campanhas noutros bairros da cidade da Praia, diz o jornal.

Leia o texto completo:

Obrigada, Bons Amigos, por nos ensinar a ser bons amigos para os nossos bichos.